domingo, 18 de novembro de 2007

A relação do sujeito com a paixão e a loucura

Todo sujeito é dotado de vontade própria, porém, somos todos dotados de sentimentos, sentimentos que alguns conseguem controlar, outros não, é o caso da paixão, que toma o sujeito de forma repentina, é um sentimento que age no consciente e no subconsciente do sujeito, fazendo com que este tenha atitudes diferenciadas.
É comum se ouvir dizer que quando um sujeito está apaixonado, ele não faz uso pleno da razão, porém, uma das sensações que se sente é a sensação de felicidade e bem-estar, talvez venha daí a necessidade da maioria das pessoas em se apaixonar, é uma necessidade que o ser humano pode ter, uma ou várias vezes na vida. Se dizemos que a paixão é um sentimento bom, que pode transformar um sujeito, deve-se considerar que assim como outros sentimentos como a tristeza, a angústia, o ciúme, a alegria, o temor, entre outros, tem seu efeito oposto e, dessa forma, é difícil que dure por toda uma vida, a paixão não pode ser diferenciada destes sentimentos, pois também é correto dizer que se uma pessoa pode mudar de idéia, ela também pode mudar seus sentimentos.
Como já foi citado, o indivíduo que está apaixonado não age com domínio pleno da razão, na literatura temos o exemplo de Romeu e Julieta (W. Shakespeare, Inglaterra) assim como Amor de Perdição (Camilo Castelo Branco, Portugal), cuja paixão se tornou um desastre total. Mas até que ponto pode a paixão fazer com que o sujeito cometa atos de loucura? O que faz com que o sujeito não faça uso pleno da razão e aja de maneira diferenciada com relação à outra pessoa ou ao mundo?
Todo ser humano sente necessidade de ser feliz, e a partir do momento em que acredita ter encontrado a felicidade junto à outra pessoa, dificilmente irá aceitar a idéia de perdê-la, isso faz com que o sujeito apaixonado fique cego com relação a fatos que ocorrem ao seu redor e que podem ou não estar relacionados com o seu modo de viver, por exemplo, um sujeito que possui hábitos individuais e de forma repentina se vê apaixonado por uma pessoa, muda completamente seus hábitos sem perceber. Tal exemplo não pode ser considerado loucura, mas já é um indício de mudança de personalidade.
Muitas vezes, um sujeito apaixonado pode cometer atos de loucura, devido ao fato de que outros sentimentos surgem em decorrência de se estar apaixonado, o sujeito passa muitas vezes a analisar fatos inexistentes, é a mentira ou ilusão, disfarçadas de verdade, como ocorre com o ciúme, por exemplo, quantos são os casos de pessoas apaixonadas que matam pura e simplesmente porque não conseguem controlar sua paixão por outra pessoa. Será que estar apaixonado pode ser a causa para tanto sofrimento?
Pode ser que sim ou que não, mas o fato é que existem milhões de pessoas que vivem o sentimento de paixão em todo o mundo, e mesmo que em suas relações possa existir sofrimento, também existe a felicidade, e as que não são felizes tentam sempre encontrá-la, e no final de tudo, a paixão parece ser um mal que a maioria das pessoas deve sentir, a fim de encontrar seu ideal de felicidade.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Humanos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Nós corremos pra encontrar algo que acreditamos ter perdido sem nem ao menos percebermos que o que perdemos na verdade é nosso próprio tempo. É como um filme que passa rápido, e não conseguimos entender. Nós compramos, corremos, trabalhamos, esquecemos, a vida passa, nós envelhecemos e nada mais resta, senão um orgulho de coisas que não fazem o menor sentido. Onde está a paz?
Fazemos guerras, destruímos nosso semelhante, construímos armas capazes de destruir a nós mesmos e não temos o menor controle sobre nossos atos, e mesmo assim acreditamos que existe amor, que pode existir paz. Como existirá paz e amor, se ainda continuamos a desenvolver armas e tecnologias para nossa própria destruição?
O ser humano, sem perceber, continua produzindo sua própria destruição, ou seja, somos hipócritas, tudo faz parte de um show, é a novela das oito do ser humano, a novela da vida real que passa diante dos nossos olhos, sem comercial, sem corte, sem erros de gravação, a comédia é o modo como vivemos nossas vidas, nós não comemos, não bebemos, não nos divertimos, não vivemos a vida, nós apenas consumimos e possuímos muitas dívidas, senão com os credores, com nós mesmos como seres humanos. Temos cartões de crédito e carnês para pagar nossa existência.
O que mais podemos querer? Onde está o amor? Na medida em que passa o tempo caminhamos para um fim triste, e isso é desesperador, o ser humano teme a morte, mas não se preocupa em viver a vida de forma simples e feliz. Tudo ilusão.
Não existe sentido na maneira que o ser humano vive, nós sonhamos e corremos atrás da realização dos nossos sonhos, porém, ao alcançarmos nossos objetivos, temos que encontrar outros, pois sem isso não vivemos.
Apesar de tudo o que fazemos, o caminho triste, essa revolução torta e desencaminhada de que fazemos parte, ainda não conseguimos nos reinventar embora tentemos, um dia talvez consigamos ser uma reinvenção perfeita de Deus, enquanto isso, continuamos negligentes com nós mesmos. O que dizer da solidão?
Nós nos amamos à nossa maneira e enquanto ninguém nos diz que está errado, continuamos a seguir em frente da nossa maneira, somos capazes de tirar da nossa memória a importância que representa um ser humano, não queremos nos relacionar, não podemos ter amigos, as intenções alheias são sempre avessas às nossas, procuramos por uma espécie de suicídio social, o que é contra os nossos princípios, temos que eliminar, e assim, através da negligencia, da ganância, e da pequenez espiritual, promovemos o ódio, a destruição e a miséria.
Um exemplo claro dos frutos da ganância do ser humano está na miséria encontrada em vários países do mundo. Os países de terceiro mundo foram explorados e tiveram suas riquezas naturais roubadas, seres humanos foram escravizados, foram tratados como animais, tiveram uma vida triste, infeliz, minada de sofrimentos, e tudo graças ao desejo incontrolável de poder e riqueza do ser humano. Hoje vive-se uma democracia global, a globalização predomina, podemos ter contato com diversas culturas e somos todos livres. Mas livres do quê? Da tristeza? Da ganância? Do ódio? Não, definitivamente não estamos livres, continuamos escravos do sistema, somos governados por seres humanos que se dizem capazes de criar as soluções para nossos problemas e acreditam que sabem o que é certo, mas nem eles ao menos sabem o que estão fazendo, a criação da bomba atômica é um claro exemplo disso. Será que precisamos de armas cada vez mais modernas? Será que precisamos conhecer outros planetas? Nós nem ao menos conhecemos o nosso...
Deus deve estar se questionando nesses dias: Qual será o problema tão grave que eles encontraram no planeta que eu criei? Por que está tudo sendo destruído? Qual será o problema do ser humano? Por que tanta revolta e insatisfação? Por que existem tantas pessoas com fome? Pra que serve a teoria da gravidade? A justiça que o ser humano criou para si próprio é falha e é mais injusta do que a própria vida que leva.